domingo, 20 de fevereiro de 2011

Saber apostilado

Em todas as turmas, sempre há alguns alunos que se destacam pela incrível capacidade de anotar quase tudo o que professor diz em sala. Rapidamente, este "escritor" torna-se uma referência entre os colegas e as suas "anotações" passam a ser disputadas nas vésperas das provas.
O senso comum  é o de que estudar os "cadernos" é o método mais eficiente para o "sucesso" na faculdade. Ledo engano.
Embora às vezes o estudo de última hora, através dos cadernos emprestados, possa garantir aprovações ao longo do curso, certo é que esse aprendizado imediatista não forma, deforma. As anotações de sala, por melhor que seja o professor e o "escrivão", sempre traduzem uma porção muito limitada dos conteúdos a serem conhecidos. É o que se conhece por "saber apostilado".
O que se recomenda ao estudante de Direito é que leia bons autores, que procure acompanhar os julgamentos de questões atuais e polêmicas, que frequente bibliotecas e livrarias, que consulte revistas e sites especializados, que leia jornais e revistas, que acompanhe os fatos da política e da economia global ... Isso tudo para que possa absorver o máximo possível do conhecimento jurídico.
Claro que, além disso,  é preciso conhecer algo da sociologia, da filosofia, da psicologia, da economia, e, o quanto possível, da literatura.
Essas recomendações são para toda a vida do estudante do Direito, que enfrentará um mercado de trabalho altamente competitivo e que, para garantir e manter o seu espaço, terá que construir sólida formação acadêmica e obter conhecimentos gerais sempre atualizados.

Um comentário:

  1. Érika Mendes de Carvalho20 de fevereiro de 2011 às 21:01

    Concordo plenamente, estimado colega! Toda a atenção (necessária) às explicações do professor e as anotações destas não substituem a leitura (indispensável) de obras jurídicas de referência em nossa área.
    Profa. Érika Mendes de Carvalho

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